Será que o sonho virá?
Vou começar pelo fim: a emoção calou-nos. Sabíamos que era a hora de parar, até porque seria difícil superar a emoção daquele momento puro e simples, tanto que não precisou de nenhuma palavra para explicar que tínhamos que nos recolher. Em sintonia e em silêncio, tiramos o nariz, mas a sensação de ter vivido um dos momentos mais intensos do palhaço fazia com que a gente continuasse se olhando pra acreditar na beleza do momento que tínhamos acabado de presenciar. Foi do inesperado que nasceu uma flor de vontade de viver. E quem ia acreditar que daquele corpo sofrido e com aspecto de dor terminal sairia uma força de vida tão intensa? É, porque pra mim os explosivos berros que tentavam acompanhar nossa canção eram muito mais do que gritos sem ritmo ou afinação, eram um desabafo de quem gosta de viver e de quem, talvez, sente saudade de sentir o prazer da vida sem agonia. Ela era jovem, mas parecia uma criança... Criança daquelas que não cansa. E era como se no intervalo da dor nós fôssemos o ópio que a aliviava – uma verdadeira insustentável leveza do ser. No início e no fim ela apertou nossas mãos, as mãos dela estavam quentes e ela apertava sem soltar e nos olhava bem no olho como quem diz: “eu to gostando, chega mais perto, me tira daqui por um minuto e me leva pra um sorriso.” No meio da atuação, a fã do Calipso, a mesma que se contorcia de dor, fazia uma força imensa para acompanhar a letra e quando parávamos ela continuava “do Belém do Paráááá”. E a gente se assustava com a surpresa de vê-la tentando cantar. As vezes parecia que ela fraquejava mas era nesse momento que chagava o impulso de energia mais forte.
Enfim, o que eu senti hoje foi incrível, surreal e difícil de explicar com palavras. Quis compartilhar com vocês por vários motivos, um deles é pra mostrar que as melhores coisas da vida são as mais simples e inusitadas. O nosso projeto é lindo, aproveitemos!
Beijos e abraços.
LUISA DE CASTRO
Faço minhas as palavras de Luísa! o que vivemos nessa terça- feira foi algo surreal.Nenhuma palavra é capaz de descrever o quão emocionada ficamos. Acabamos a atuação em um confuso sentimento de incredulidade e intensa emoção. As melhores coisas da vida com certeza vem em momentos inesperados, pois justo do dia que estavamos mais cansada e sem coragem nenhuma de atuar (né lu?) vivemos a experiência mais incrível desses dois anos de palhaço e ganhamos muita e muita força pra continuarmos com essas atuações lindas, que com certeza (cada dia acontece mais coisas que nos fazem crer nisso) interferem no tratamento e na auto-estima de muitos que esperam ansiosos a nossa chegada.
ResponderExcluirIncríveel, Lu e Ju! :P
ResponderExcluirDificil ler tudo isso e n se sentir dentro da ligação entre seus olhares...
Com certeza, mágico! :D
É por essas e outras que o projeto consegue trazer pra nós algo que alimenta nosso prazer em atuar e em dar tudo de si lá!
"Se vc der muito, vc receberá muito."
Essa experiência é a prova disso!
Parabéns às duas e espero ouvir mais histórias mágicas por aki! :D
(finalmente consegui comentar!
E tow me estourando de rir aki imaginando a voz de Draquita cantando!kkkkk)
draquita canta muito kim! e não é engraçado! hahahahahhaa.
ResponderExcluirMuito bonito. Me emocionei lendo a história.
ResponderExcluirComo André diz: isso nos mostra que estamos fazendo alguma coisa certa.
Olívia
Lindo, lindo , lindo! Fiquei emocionada quando tb li esse depoimento! Duda me contou que interagiu com "a fã do calypso" ontem e foi a atuação mais emocionante dela!
ResponderExcluirÉ tão bom qdo desses momentos inusitados surgem os olhares mais intensos, os sorrisos mais sinceros e uma leveza interior que traz consigo um sentimento de PAZ!
Que o palhaçoterapia se fortaleça cada vez mais para que consigamos viver muitas emoções tão intensas quanto essa! :)
Renata