Por Yally Pêssoa em 07/06/13
Demorou um tantinho até que eu percebesse que a arte do clown é ressignificar.
Ressignificamos a força (ou a falta dela), ressignificamos uma roda, ressignificamos uma hilux (RAAAI-LUCS), ressignificamos o dulcolax (que virou dulcolat, decolat, colat, decola), ressignificamos o fuxico, ressignificamos a hemodiálise, ressignificamos o rim, ressignificamos a falta do riso, ressignificamos o encontro, ressignificamos Deus (ou deus?), ressignificamos o mundo, ressignificamos a família, ressignificamos o amor, ressignificamos a tristeza, ressignificamos o "muito obrigada".
Num final cheio de brilho, conseguimos transformar o que era (pra mim) a pior parte da atuação no ápice da ressignificação: o banheiro virou barco, que nos protegia da chuva que caía lá fora, tudo que queríamos era velejar; 4 desbravadores sem nenhum destino. Terra à vista! 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Energia desce, arrepio toma conta do corpo, nariz desce. O nariz desceu com o mesmo brilho que subiu, talvez ainda mais lindão.
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