Por Bárbara Mariana em 28/03/14.
Novos
olhares! Olhares que se encontraram incansavelmente ao longo da
última semana e de tantas outras semanas na busca do encontro,
olhares que de tão ansiosos por esse momento transbordavam em
sorrisos, sorrisos que eu já não sabia definir se vinham realmente
da expressão facial ou daquele brilho no olhar. Uma hora antes do
momento esperado, do momento combinado para iniciarmos aquela nova e
longa jornada, meu coração se sentia feliz... ao chegar naquele
grandioso Castelo, o Castelo de MALU, revivi momentos únicos.
Lembrei de tantos outros olhares que ali encontrei, de cada inusitada
experiência que vivenciei, do quanto eu havia crescido desde a
primeira vez que cruzei aqueles portões. Senti saudades, saudades de
Riobaldo e Valentina, dos meus melhores companheiros do mundo...
saudades que transformei em energia, energia que esperava poder
passar pros meus novos companheiros... A hora marcada pro encontro se
aproximava, e, sentada naqueles bancos de entrada do Castelo, mal
sabia que dentro de instantes encontraria tanta felicidade, e o preço
que ela me custaria. Preparei o coração, e no momento certo meus
mais novos companheiros do mundo chegaram! Chegaram com tanta
energia, tanta vontade, tanto brilho que mesmo sem vestir o nariz deu
vontade de descobrir aquele mundo de novidades... e descobrimos!
Lembrei dos tempos de oficina, esvaziamos a mente ao som do Beirut,
colocamos o medo pra dormir, renovamos a energia na troca de olhares,
ressignificamos o momento esvaziando todas as garrafas possíveis,
estávamos com sede, muita sede... e na falta de água veio a
vontade, renovamos a vontade de querer, de querer muito e foi assim
que nos jogamos naquela aventura de explorar, de descobrir, de
encontrar!!! Ao longo do caminho, desfrutamos de cada novo jogo,
jogos que viraram verdades, que de tão intensas nos fizeram morrer,
ressucitar, agradecer, questionar, olhar e ver cada paciente...
aliás, não eram pacientes, eram parte da nossa verdade, eles eram a
nossa verdade naquele momento. Conquistamos sorrisos, mas eles nos
conquistaram, eles nos olharam, nós os olhamos, foi estabelecido um
infinito!!! Cada corredor era uma nova jornada, cada ambulatório uma
parte do mundo diferente. Fomos fazendeiros, forrozeiros, curados por
um portal mágico, desativadores de bombas e a própria bomba.
Criamos um incêndio e vários bombeiros vieram ajudar a apagar, mas
era energia demais e o fogo tão intenso que tivemos que buscar
muitas ajudas, e cada uma delas contribuiu de alguma forma para
aquele controle, cada uma delas foi naquele instante, melhor
companheiro do mundo, cativando nosso coracao. Achamos um extintor,
achamos o bombeiro mor, depois do susto veio a encurralada... queriam
nos “pegar” numa sala em que todos se “pegavam”... corremos
dali, achamos um cientista louco que queria nos injetar uma
substância inovadora, fugimos mais uma vez... quando tudo parecia
tranquilo nos recolhemos para o descanso depois daquela tarde de
viagens. Redescobrimos o valor do melhor companheiro, o respeito por
essa união, a vontade de continuar. Foram muitos novos mundos,
muitos novos olhares, olhares que não saíram da mesma forma que
entraram naquela tarde no Castelo, que saíram muito mais vivos,
muito mais intensos, querendo encher muitos outros olhares através
do encontro! Descobri o preço da felicidade... “o meu paraíso é
onde estou!”
Copo
cheio novamente!!!
Obrigada
Zefildo Chapeleiro e Feliciana das Candongas, meus melhores
companheiros do mundo!
Rosalinda :o)
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