Por Victor Romero em 01/06/14
A
carta de Riobaldo
"
Se de AMOR nasci, ao AMOR fui destinado. Destinado a viver sobre tal
sentimento que não cabem todas as palavras e estrelas presentes em
todos os planetas visitados pelo Pequeno Príncipe. AMOR. Sim,
palavra essa que não vou medir esforços em repetir nesse texto. Sei
que minha figura é meio torta e nem sempre entendida pelas supostas
"pessoas grandes". Pessoas essas que não entendem, e
talvez nunca vão entender. Que pena, menos AMOR no mundo. Sei que às
vezes
te acanhas quando às vezes alguém te julga por ter teu nome
associado a mim, mas só eu e tu sabe o que tu e eu passamos, e nos
transformamos. Esse projeto que a gente faz parte tem uma séria de
significados: "Projeto de extensão", "Nau dos
loucos", Palhaços desocupados". Para mim, esse projeto se
baseia em outra coisa, dissociada de teorias, que supera encontro,
energia e olhares, não que esses últimos não possam estar
associados, mas quando se fala de AMOR, que é o que eu quero dizer,
aí faz toda a diferença. AMOR a cada laço, a cada olhar no setor.
AMOR ao bolo de morango do senhor da enfermaria ao lado. AMOR ao sim
da mulher chorosa do corredor. AMOR à Xuxa entubada internada lá no
6º andar. AMOR à dona Laudiceia que estava no quarto ao lado semana
passada. AMOR àqueles dois cadeirantes do castelo de Malu. AMOR a
Dra. Pele e sua perspicácia e astúcia. AMOR àquele senhor acamado
com olhos do avô que nunca tive. AMOR a quem conhece a gaita e já
sabe quem tá chegando. AMOR a cada criança de colo cuja pureza do
encontro lembra o quanto valiosa é nossa vida. AMOR a Biel, Natália,
Nati, Alice, Clarice, Bel, Gabi, Marina, Babi, Aninha, Rebecca,
Flavinha, Line, Aline, Yally, Tuca, Leticia, Leti, Yally, Mari,
Magda, Piscoya, Alê e Débora, que só representam o início do meu
ciclo, pois no olhar de cada um por fora reflete o que eu senti por
eles. AMOR a quem é a discórdia e o perdão e que já se esqueceu,
mas lembrou, da cor que tinha o céu. AMOR a mais um dia que nasce.
AMOR ao Clown que vem, eu já espero o seu olhar. AMOR ao Seda cachos
daquela médica que um dia provou ser desse amor. AMOR pelas
cachoeiras de bolhas de sabão de uma infância que revivo toda
atuação. AMOR ao novo tudo de novo. AMOR esse que reafirma o fato
que se eu morrer hoje morreria feliz, mas se todos os narizes
vermelhos interiores de cada alma sumissem feito pó de Pirlimpipim,
fugiria para a Floresta dos Sonhos numa tentativa desesperadora de
resgatar nem que fosse um décimo do que é esse sentimento. AMOR
esse que de tão grande parece falso, mas lembre que eu sou o teu
melhor lado, e quando esse nariz sobe, todo mal se esvaira e se abre
a alma. É verdade, a mais pura verdade. AMOR, simplesmente AMOR.
AMOR que impera. AMOR que reverbera. Em múltiplos de 120.
Com
AMOR, Riobaldo Caixeiro :O)"
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