Por Alice Dias em 16/01/15
Sobre embriagar os olhos e ficar ardida No mesmo local de sempre, lá estavam eles: Doralina Severina e Petrucio Dentuço, dançando loucamente até aceitar a santidade em seus corações, quando Petrucio resolveu abençoar Dora com a água benta que havia no local. Estão lá vão eles andar por aí, como de costume. Encontram Fátima, uma senhora ocupava, que gastava o tempo que tinha no telefone. Enquanto ela falava ao telefone entramos em sua sala e ela disse que as coisas que lá estavam eram para doações. Depois de escolher a dedo, os dois resolveram levar uma presilha de cabelo para cada, e de lá saíram felizes com o presente (afinal, não tiveram que gastar nada). Até que Petrucio achou um borrifador de água e resolveu borrifar em Doralina (talvez por achar que ela precisasse de um banho). Doralina para se vingar pegou um pouco de água escondido de uma fonte e jogou nele. Dai Petrucio jogou água em Dora até atingir o olho da pobre coitada. Mas está não era uma água qualquer, era uma água que ardia (e como ardia). Dora se emocionou e começou a chorar, correu para o banheiro enxugar as lágrimas e lavar os olhos, mas a emoção era muito forte e Dora não conseguia parar de chorar (passou metade do tempo que estavam juntos chorando e enxugando as lágrimas com seus lenços). Enquanto ela chorava, Petrucio ria.... E lá foram eles rindo e chorando numa relação bipolar. Subiram para cima, guardaram seus pertences e foram passear. Encontraram uma mulher que queria dar um golpe da barriga, outra que queria ficar presa no elevador com um medico ( afinal, medico sabe das coisas e se ela passasse mal iria fazer respiração boca a boca). Encontraram uma mulher prestativa que emprestou seu caneco para a amiga beber água, e outra mulher que disse que era errado dar o caneco, que só podia dar o copo mesmo. Encontraram uma mulher que havia engolido um apito e toda vez que tocavam seu pescoço ela apitava. Encontraram um homem que se dizia ser hipopótamo e outro que só fazia reclamar de sua mulher, pois disse que ela não dava bolachas a ele e não o deixava dormir onde queria (no corredor, abaixo do extintor de incêndio- um lugar seguro para se precaver). Enfim, encontram... E depois de tanto andar (e de tanto arder) resolveram descansar um pouco, e lá estavam eles abraçados, rindo e chorando, Alice e Renato :o) Ps.: água que arde é álcool mesmo, passei o dia míope. E como desgraça pouca é bobagem, resolvi confundir tomates secos com pimenta no almoço. Sim, comi pimenta pura, numa boa garfada e conheci o que é ardor hoje!
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