Entrelaçados

Entrelaçados

Em busca da bolinha perdida

Por Natália Torres 

Cada qual com o seu e de forma pessoal
Leu-se diário a diário
De um dia que poderia ter disso ordinário
Mas que foi transformado em mais que especial

O alongamento é premonição
Da exigência desta oficina
Onde suar é quase condição
Pra entender o que o mestre ensina
E aprender de coração
Os fazeres de sua sina

Com linhas de sustentação
Criadas pela imaginação
Tudo fica complicado
Até mesmo o mais aplicado
Dos mequetrefes deste condado
Errou a proporção

E em seguida cabe entender
Que casa um tem um espaço
Seja frouxo ou apertado
Que se deve proteger
E que quando é respeitado
Faz o jogo acontecer

Espelhando o companheiro
E sem tempo a escolher
Quando a dúvida aparece
Já não se pode correr
O jeito é não ser traiçoeiro
E deixar o corpo escolher
Cabendo aí uma prece
Pro encontro acontecer

Mas se a telepatia falhar
Não há razão de pranto
Seja ágil em copiar
O que vê como um encanto

Por fim, mas importante mesmo assim
Narro agora a Odisséia da xará perseverante
Que entre muros e gigantes
Numa busca incessante, instigante e intrigante
Caçou a bola verde sem descansar nem um instante

Sem saber por onde começar
Olhando olhar por olhar
A procura de uma pista
Nossa heroína se achava cada vez menos otimista

Mas quando pensava em desistir
O verde tornava a surgir
E lhe fazia persistir

Tentativa após tentativa
Quanto mais perto chegava
Mais longe estava
Pois toda a gente altiva
Se portava de forma ativa
Entre ela e o que desejava

E o jogo seguiu sem pena
Entre risos e mãos para cima
Sem conceder à pequena
Nem ao menos uma rima

Só que num jogo como tal
Não se pode eleger
Apenas um pra vencer
Muito menos pra perder
E nos leva a perceber
Que com tanta união
Não se pode combater
Um enorme batalhão
De companheiros sem igual
Compostos em especial

Por mequetrefes de hospital

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