Entrelaçados

Entrelaçados

Diário de Bordo

Por Laura Oliveira em 22/08/13

Passeando entre o céu e o inferno
Não sei já refletiram sobre como as crianças podem ser bipolares. Era um lindo cair de tarde no Helena Moura, que cheirava à antiga novidade. Depois de sermos interrompidos no momento de subir o nariz porque a porta do quarto de repouso não tem chave (algo que mudaria o curso de nossas vidas posteriormente) jogamos escondendo o capacete de luiz/marlon até todos estarem prontos para partir! E, encontrando uma criaturinha da altura do nosso quadril (talvez do ombro de débora e thais..) dizendo que depois voltava pra brincar com a gente nos fez sentir chegando em território amável. 
Chegando num palco, Branquilda teve seus minutos de fama cantando o sucesso tchiiiiu (ou algo semelhante), digno de michel teló (se isso pode ser digno). Foi quando uma senhora lembrou que na verdade tchiiiu é um sucesso antigo que seus cabelos brancos cansaram de dançar na juventude e requebrou e cantou junto. E muita gente cantou junto, e cansou de cantar. Mas, como a globo, fizemos o remake com o cover Marlon Scidison e pra dar um up, um coro duas de palhacetes. Até que o show de tantos (e pedidos) aplausos subimos no ônibus para uma turnê. Até que chegamos na porta que dizia: saída de emergência, mas chegamos ao consenso de que era uma emergência e saímos, mas paramos no que seria a Sala de Observação. Que fazer se não observar? Observamos muito, e acho que acabamos sendo observados também, e seguidos, tivemos que despistar e acabamos precisando de uma ficha, Marlon estava com a perna machucada, mas foi só por a ficha que deu-se um jeito. Depois era preciso tocar no teto, Marlon era grande mas não chegava... Pegamos um daqueles troços que tem uma bola embaixo que faz a gente pular e pulamos, mas só marlon conseguiu tocar no teto, eu tentei, mas acho que só conseguir perder o equilíbrio de tanto pular. Foi tanto pulo que o bebê de azul resolveu pular e sua mãe deve ter nos xingado mentalmente por isso. Aí o menino de preto que nos fez pular disse que precisava de uma ficha, demos a de Marlon a ele e ele pôs na perna e curou-se de nada, porque a ficha era de nada mesmo! Estava tudo lindamente tranquilo e lindo e saltitante, nadamos, ganhamos amigos, pegamos trilhas com jacarés e tubarões, voamos de helicóptero quando os demônios se manifestaram... Já era hora de voltar pra base quando vimos o fogo do inferno nos olhos do garoto grande (era do tamanho de débora.. Tá, não tão grande) e da menininha supostamente fofa e inocente e quando percebemos estávamos numa emboscada! 
Nos perseguiram, nos puxaram, e quando pensamos que tínhamos uma arma-carrinho-de-limpeza, tínhamos na verdade um menino com um spray de desinfetante, ameaçando atirar em todos, mas como eu sou a mais lerda acabei encurralada com o spray apontado pra minha cara até que um anjo vestido de uniforme de empresa terceirizada disse a ele que com aquilo não se pode brincar. Aí foi uma correria só, e corremos pro lado errado! Pro necrotério, ainda bem que Marlon tinha uma boa memória e mudamos de curso tentando nos salvar na salinha de lençois onde um bom homem nos deu nomes (Prazer, Silvina), dançou com a gente e nos deu carona no seu trem até o quarto de repouso. Mas como nem tudo são flores, o quarto não tinha chave, alguém lembra disso? Tivemos de segurar a porta com todas as forças. Quando outro anjo de farda expulsou os pequenos demônios que estavam nos cercando e o grande demoninho que empurrava a porta. Mesmo assim, a energia tava em alta, ainda deu pra cantar sem fazer som o sucesso tchiiiu e tudo terminou bem quando acabou bem.




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