Por Luciana Carnevalle em 01/11/13
Atuação do dia
01/11/13 no Helena Moura com Coelita Bregosa, Rochelle Channel e
Talusina Waka Waka.
E tudo começou
com duas palhaças que acordaram a terceira com um sopro gelado... O
sopro que virou arma poderosa para uma delas e conseguiu grudar
braços e pernas das outras duas indefesas. Agora, aos pequenos
passos, elas tentavam reverter a magia, inclusive, uma corrida de
saco começou, porém, atrapalhadas na linha de chegada, não houve
vencedora. Descoladas por uma serra invasora das partes baixas, elas
conseguiram a liberdade para se vingar da traiçoeira. E com sacos de
pancadas, revidaram toda a raiva grudada. Como se não bastassem
tantos empecilhos, um suposto monstro sem os dedos dos pés se
escondia por uma brecha no chão. Usando um chicote, elas tentaram
espantá-lo para muito longe, mas ele era imbatível e nem do lugar
saiu. Como resposta a afronta, ele jogou um presente grego. Bolas tão
coloridas que davam vontade de comer. Mas Talusina, muito esperta,
alertou-as para o perigo: elas seriam venenosas! Coelita e Rochelle
hipnotizadas procuraram defendê-las, mostrando o quão linda era a
bola rosa... Ela reluzia e jamais poderia ser venenosa. Talusina,
demonstrando todo seu conhecimento biológico do mundo, mostrou que
como um sapo que atrai com cores belas, aquele presente do monstro
seria tão venenoso quanto. Essa disputa, acirrada pela razão,
resultou numa competição onde Talusina teria que provar que comendo
a bola rosa, ela viraria uma sapa rosa. Aceita a aposta, ela vai em
frente. Tão em frente que as bolas lhe escaparam e voaram longe,
muito longe, a ponto de Coelita engoli-las e mostrar que, na verdade,
o presente era um vale-cabelereiro, e ela, muito sortuda, ganhou o
penteado mais fashion do dia. Precisadas de um táxi, pois o metrô
já tinham perdido, foram para o meio da rua e, na carona de um que
não sabia o caminho certo, saltaram em outro mais ágil e esperto,
sem pagar nada. Saltaram, então, próximo a um coqueiral repleto de
cocos suculentos. Mas um vendaval passou e o levou para distante,
antes que pudessem ter roubado alguns. Ainda no meio da rua,
esbarraram num semáforo desregulado, pois o tempo em que ficava
verde era muito curto, dando passagem só para uma por vez. Talusina,
azarenta, foi a última e o semáforo parou de funcionar. A solução
foi ser empurrada por uma pedestre muito forte, que conseguiu
trazê-la para o outro lado. A força foi tão grande que empurrou
Rochelle e Coelita que acabaram levando a culpa por uma apontadora de
culpas pela chegada mal sucedida. Defendendo-se, elas jogaram a culpa
para Talusina, que apontou a culpa para a apontadora, que revidou a
culpa para elas todas, que revidaram de novo para a apontadora, que
acabou culpando Vó, que não culpou mais ninguém... Assumiu a
culpa! Vó, na verdade, se chamava Djorge e ainda tinha um Dgêmeo,
que nas horas vagas, era chamado de Gabriel. Eram uma dupla de
músicos, em pleno estúdio de gravação, ainda com Djão, Djarcos,
Djarziela e Djasmin. A apontadora, como forma de perdoar o erro,
propôs às palhaças uma composição musical desafiante que
englobasse todos os integrantes do estúdio. Talusina, Coelita e
Rochelle, sentindo-se desafiadas começaram a treinar: Djorge,
Dgêmeo, Djão, Djantos. PEEN! Djorge, Dgêmeo, Djão, Djarcos,
Djarbriela. PEEN! Uma ditadora, cansada dos erros, ergueu-se e disse:
se não acertarem dessa vez, serão expulsas! Tremendo de medo, elas
combinaram de acertar tudo no 3. Um, dois, três: Djorge, Dgêmeo,
Djão, Djarcos, Djarziela, Djasmin. ISSO!!! A festa se fez! Estavam
aprovadas e lá ficariam. Tão famosos eram eles que receberam a
visita de Shakira, mas para conseguir seu autógrafo, elas teriam que
desviar de um GRANDE-pequeno obstáculo: Djasmin, a fã nº um. Na
tentativa de desviá-la, encontraram o tapete mágico de Aladdin, que
tinha o poder de deixá-las invisíveis. Aquecendo o motor dele, um
pouco antigo, o que fez tremer todo o estúdio, elas voaram
bruscamente sem direção certa e, com uma aterrisagem barulhenta,
acordaram os moradores do centro de orelhão. Raivosa, uma das donas
proibiu as três de entrarem para fazer uma ligação importante. Não
houve cantada que amolecesse seu coração. Num orelhão mais
distante, uma moradora muito rica acenava, chamando por elas. Ela era
tão rica que permitiu que cada uma fizesse uma ligação à longa
distância com os créditos dela. Talusina tentou ligar para o
Canadá, porém só deu ocupado. Rochelle, entusiasmada, foi ligar
para o Japão, mas também só deu ocupado. Num orelhão ainda mais
distante, Coelita foi ligar para a Jamaica. Na primeira ligação,
deu linha cruzada, e na segunda, deu ocupado também. E quando elas
pensavam que não havia mais solução, uma luz no fim do orelhão se
expandiu em forma de música... Era alguém retornando a ligação.
Agitadas em atender, mas precisavam da dona desse novo orelhão que
não apareceu, a música parou e não houve mais jeito, senão
desistir. Conseguiram descobrir que ali havia uma praga linguaruda
jogada por todos os orelhões e que jamais permitiria que as ligações
fossem feitas. Com medo da praga, elas fugiram cobertas por um escudo
protetor anti-praga. Próximo àquela zona sombria, acharam outra
mais estranha, onde um menino foi preso debaixo de um pé de árvore
e nunca cresceu, pois nunca foi alimentado. Foram tantos os
maus-tratos, que até a perna ela só tinha uma. Com muito medo de
tudo aquilo, foram se refrescar na praia, com uma cerveja e os
hastags do face: #tomandocervejaevendooface, #facecerva, #praia. O
sol estava tão forte, que a viseira de Rochelle não adiantou e
tiveram que buscar protetor solar numa fonte secreta para suportarem.
Muito queimadas já, depararam-se novamente com a praga linguaruda
que dessa vez estava cuspindo várias e várias línguas. Tentando
desviar-se, mas não conseguindo, pois começou uma perseguição em
busca de uma tal de foto e de um apoio para bebê, tentou-se o
acordo: foto + apoio seriam iguais a engolir 3 línguas + pedir
desculpas + um pedaço de bolo. Engolindo apenas 2 línguas, pois não
houve concessão para a de Rochelle, sem desculpas e muito menos
bolo, a praga linguaruda não venceu. Para comemorar, as três foram
procurar diversão numa piscina. Mas para entrar, teriam que
descobrir o código secreto imposto pela portaria. Através de toques
digitais sobre uma tela sensível que permitia sincronizar aos toques
da portaria, a área da piscina foi aberta. Como recompensa pela
descoberta, fizeram contato com o irmão-pé da porteira, logo depois
com a irmão-mão, além de outros contatos com Ela, com o
Elefante-zebra, o Cotovelo e com o Olho que gargalhava sem parar.
Receberam uma mensagem subliminar que o Elefante-Zebra estava de
parabéns pelo seu aniversário. Como boas organizadoras de festas,
elas próprias preparam o bolo confeitado, a coca-cola e a
vela-avião. Começou a sair da porteira um som enigmático:
PA-RA-PA. O elefante-zebra, que entedia o dialeto, traduziu em forma
de uma música muito bonita que logo contagiou a piscina e que tinha
força de fazer as mãos baterem uma na outra, produzindo um som
eletrizante, que não dava espaço para erro. Era como se todos já
conhecessem! Após uma ventania forte, o avião decolou muito alto e
sumiu pelas nuvens. Muito esfomeadas pelo bolo, as três precisavam
de uma faca para cortá-lo, mas na piscina não tinha nada parecido.
Foram, então, numa busca implacável por uma faca. Correram muito,
desviaram de vários obstáculos, viram fantasmas, até que chegaram
na Copa onde tinham bolos de vários tamanhos e cores, além de um
facão enorme que sumiu repentinamente e parecia não mais voltar.
Foram, então, pelo caminho contrário para pegá-lo de surpresa e,
como não é de surpresa, se perderam no labirinto. Até que acharam
o poder das duas caras... Uma máquina que desfazia todo o perfil,
cabelo, roupa, sapato, até mesmo a cor do nariz. Era realmente algo
mágico. Passaram então, uma a uma, para outra esfera, através do
silêncio e da concentração... Uma esfera bem diferente de tudo
aquilo que vivenciaram e bem mais pacata. FIM!
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