Por Letícia Moraes em 21/04/13
Er... Ok, vamos lá! Vi naqueles olhos o desafio, o medo, a tensão. Quer dizer, não enxerguei, porém deu para sentir. Me identifiquei com cada companheiro exposto no meio do picadeiro. Ai, meu deus, será que sou a próxima? Eu quero ser. Eu precisava. Preciso.
Ah! Vale muito parabenizar e agradecer às cupulas, à morena gostosa da cor do pecado, aos Alcântara de Albuquerque e à dorminhoca e ao treme-treme.
Explode o olhar. Muita energia. Me senti em frente à corda novamente, embora os olhares não estivessem voltados para mim. Muita energia para pouco movimento, pois o público cobra, pede, manda e não perdoa.
Encontrar as pessoas e entendê-las, correspondê-las estão na minha top list de dificuldades. Desbancou morfo fácil. Nosso objetivo é complexo e totalmente único. Aprender a errar, a perdoar-se e a correr o risco. Onde foi parar tudo isso? O medo dorme, mas não some e continua latente. Acredito que sempre estará lá, para a minha segurança. Isso me fez lembrar então de nosso segredo: ser cachorro. Não pensar, apenas agir. Reflito ser inútil raciocinar e calcular nessa situação. Preciso só do outro e de 100% de mim mesma. No entanto, a tentação mequetrefe bate sempre a porta. Vou latir para ela.
Talvez me construa e adquira forças lembrando do meu monstrinho, da estrela que já fui, da exímia dançarina e cantora que da mesma forma experimentei ser. Mais uma vez necessito agradecer pela beleza e sentimento de liberdade que me trazem, além das prosas bonitas.
Eu cultivei a minha rosa.
Um amigo perguntou se na oficina aprendemos a representar, se tínhamos um personagem. Que estereótipo. Imagino a surpresa de alguém ao esperar um ato pronto e se deparar com os olhões brilhando.
Talvez me construa e adquira forças lembrando do meu monstrinho, da estrela que já fui, da exímia dançarina e cantora que da mesma forma experimentei ser. Mais uma vez necessito agradecer pela beleza e sentimento de liberdade que me trazem, além das prosas bonitas.
Eu cultivei a minha rosa.
Um amigo perguntou se na oficina aprendemos a representar, se tínhamos um personagem. Que estereótipo. Imagino a surpresa de alguém ao esperar um ato pronto e se deparar com os olhões brilhando.
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