Por Cecília Brito em 26/08/15
Só funciona de dois em dois. E assim, em três, vamos de dois em dois. De dois em dois cruzamos o rio negro, atravessando na ponta do pé montadas no branco. Quando duas motoristas quase causaram o acidente, transformamos o sinal vermelho em verde. Até porque mochileira que se preze segue em frente e é livre, mas não taaao livre assim porque liberdade em excesso faz mal! E quando mochileiro precisa de informação, vale perguntar pra japonês, pensador, fazer golpe de karate, o que for preciso pra chegar lá em cima e deixar o vento dizer pra onde a gente deve seguir. E ai o vento leva a gente pra onde luneta se constrói em conjunto, onde aposta se faz em fio, se faz pose de perfil e o monstro é valorizado e a careta vale mais. Se bem que careta num rosto encarnado fica mais fácil, até porque o encarnado rejuvenesce. Mas e pra quem não tem o encarnado? Isso é fácil de resolver, num instante se cria empresa de nariz, onde se escolhe o modelo e se divide 82 anos pra 4. E se o vento para de soprar e as direções se perdem em meio a história de pescador, dona Maria, que praticamente mora no corredor, resolve isso. Até porque quem é mais popular e boazinha? Quem mais faz palhaço de presente de aniversário e reencontra amigos de infância ou apresenta o corredor inteiro? E quando o coração ja vai apertando depois de se despedir de dona Maria, a gente desce de 2 e para no segundo andar, onde se dispensa os sapatos e se escorrega pra ser livre de verdade.
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