Entrelaçados

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Diário de Bordo

Por Marina Arruda em 12/10/14
Feliz dia, melhores companheiros do mundo!!! Acho que esse clima de dia das crianças fez com que martelassem na minha cabeça algumas questões sobre mudanças: como as coisas eram, como são e como podem vir a ser... O fato de ter existido uma época regada a pureza, sinceridade e verdade, mas que, com o tempo, acaba havendo uma certa tendência a irmos, mesmo sem querer, deixando de lado esses elementos. Em meio a esses pensamentos, veio em mente a metamorfose que sofri desde que tive a incrível oportunidade de fazer parte desse projeto e acabou surgindo um...

Diário de bordo fora de cronograma.
Há alguns acontecimentos atrás, em 31 de maio de 2014, brotava Serena Estelita. Digo brotar porque esse termo acaba trazendo uma ideia próxima do "emegir"; a semente dela já existia em mim, apenas não tinha recebido a devida atenção, notoriedade e cuidados necessários para germinar, ganhar forças e, enfim, brotar. Nela reconheci a extensão mais pura e autêntica do meu ser. Durante sua construção, ou melhor, descoberta, passei a conhecer, em mim e naqueles que me rodeiam, a face que vai além daquela que muitas vezes buscamos mostrar. Nesse processo de redescoberta, juntamente e com apoio dos meus melhores companheiros do mundo, me foi permitido enxergar o que estava bem embaixo do meu nariz (ou seria o que estava no próprio nariz ou mesmo na caixinha que descobri quatro dedos abaixo do meu umbigo?), mas eu ainda não tinha me dado conta: o meu "eu" torto, meu "eu" do "impulso", meu "eu" sem filtros, meu "eu" fora da zona de conforto, meu "eu" deixado constantemente na zona de risco. Esses que têm a enorme tendência de serem o "eu" que mais me beneficie e o mais propenso a levar algo de bom para aqueles que venham a se encontrar comigo. Vale a pena mergulhar no desconhecido, saltar no escuro, comprar os riscos, valorizar o jogo ao invés da jogada, se fazer presente (de corpo, cabeça e espírito) no momento presente, enxergar no outro a extensão do meu ser, desbravar infinitos com os olhos. Ao reconhecer isso, a semente, que após passar pelas devidas etapas de "maturação" (cerca de 6 fins de semanas), brotou, passou a ganhar forma. A cada encontro, a cada olhar brilhante, a cada energia trocada, o broto passou a ganhar mais vigor, ganhou novas partes, "galhos" que se ramificaram em uma proporção além do previsto ou esperado, surpreendente a ponto de, mesmo em meio a contextos "desérticos" (em que as circunstâncias não pareciam favoráveis a mim, nem àquele que diante de mim se apresentava), era possível se observar flores desabrochando. Até arrisco dizer que todas essas situações fizeram com que tudo isso começasse a criar raiz e a se fazer parte fixa, essencial, intrínseca. Por outro lado, evito a parte de "raiz" que pode trazer a ideia de rigidez e estaticidade, porque isso é completamente fora de cogitação, pois, acima de todos os pressupostos, um está fortemente estabelecido: tanto Serena quanto Marina jamais estarão defitivamente enraizadas aonde estão, ambas permanecerão na busca de descobertas, energias e encontros novos. Sempre adiante. Não em "trilhos fixos", mas por caminhos que se apresentem propícios na buscapelo meu encontro, pelo encontro do outro, com o outro, nessa busca infinita.

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