Entrelaçados

Entrelaçados

Diário de Bordo

Por Renato Lucena

Clown
Foi no vermelho de meu nariz e no brilho dos teus olhos que eu finalmente encontrei a mim mesmo, a parte mais dentuça de mim, a parte que me faltava. Meu sorriso desajeitado e meus movimentos sem graça agora me completam mostrando quem realmente sou.

A cada atuação que se passa, percebo cada vez mais que Petrúcio não é um personagem que criei, ou algum tipo de Santo para ser tratado em terceira pessoa. Eu mesmo sou Petrúcio, mas ao me tornar Dentuço, passo a ser mais livre, passo a ser mais eu. É como se tudo pudesse, como se não houvessem limites para mim, como se qualquer barreira pudesse ser vencida sem o menor dos esforços. Torna-se cada vez mais gostoso se encontrar no outro e perceber que ser Clown não está resumido apenas a um nariz ou a uma maquiagem, ser Clown hoje se tornou para mim uma filosofia de vida, na qual optei por ser cada vez mais verdadeiro.

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