Por Pablo Cavalvanti
Chegamos ao
PROCAPE, Flavinha e eu, sem taaanta disposição. Estava meio doente,
tossindo pacas. Pra completar, um susto ao abrir o recipiente
hermeticamente fechado onde fica armazenado o meu nariz, longe de
todos os perigos do mundo exterior. Ou não.
O maravilhoso
elástico do nariz vermelho, quem diria, estava arrebentado. Ora,
isso só pode ser obra do tinhoso querendo atrapalhar nossa atuação.
É satanás querendo que a gente leve mais uma falta. Mas hoje não.
Como não desistimos (quase) nunca frente às dificuldades,
conseguimos dar um nó no nariz e ele chegou ao seu devido lugar
depois de um aquecimento com muita l̶u̶z̶,̶ ̶s̶o̶m̶ e
̶m̶o̶v̶i̶m̶e̶n̶t̶o̶s música, cavalgadas, ondas e uma
dança quase convulsiva.
Surgiu então uma
serpente. Uma não, duas. Serpentes dessas que metem medo, são
teimosas, não recebem ordens e tentam atacar tudo que veem pela
frente, do tornozelo de uma palhaça até um segurança. Segurança
este que na hora se desarmou, e – surpresa! – tinha uma serpente
em forma de mão, assim como nós.
Entramos naquela
caixa grande de metal que sobe e desce, descobrimos que o gato comeu
a nossa língua e quase fomos atacados por um bicho enorme, quadrado
e que seguia ordens de uma senhora (dps descobrimos que era apenas o
carrinho da comida =P). Ao saírmos de lá, nos deparamos com um
grupo de pessoas vestidas de jaleco que nos lembraram velhos
conhecidos de um baile não tão distante...
Bem, não sei por
qual motivo exatamente (brinks, eu sei), Veludita ficou tão sem
jeito com aqueles doutores sentados na mesa. Ela não quis muita
conversa, estava envergonhada e eu tentei, sem sucesso, desafiá-la a
encará-los.
No fim do
corredor (percorrido em tempo recorde kkkkk), encontramos um grupo de
senhores discutindo a gravidez de um deles. Ele disse estar esperando
seus “meninos” há apenas três meses, mas a barriga de 9 meses
não engana... Depois de presenciar um beijo roubado e um ataque de
risos agudo, sem supra de ST, fomos aos outros leitos.
Encontramos uma
senhora, coitada, perdida. Como bons palhaços que somos, fornecemos
um mapa que poderia leva-la a evolução Pokémon! (sic) Bem, ela
pareceu satisfeita. Em outro quarto encontramos uma mulher que não
tomava banho há muito tempo, nem trocar de roupa; lá tinha também
um homem pouco higiênico, que não trocava as meias (isso me lembrou
alguém de sobrenome Jackson...) e um senhor que sua acompanhante
disse ser especial.
Realmente, seu W.
era especial, pois apenas seres especiais podem embarcar em safáris,
imitando diversos bichos e ainda nos fornecer diversas moedas de
ouro. Com todo esse dinheiro, visitamos a sra. Elegância, e seu
marido sem educação. Ela tentou, por 30 anos, ensiná-lo bons
modos, só que as aulas de etiqueta não foram muito bem aproveitadas
por ele. Mas eles eram felizes assim.
Saímos em busca de comida, publicamos no Instagram e deixamos de ser
Veludita Linguita e Tico da Selva para sermos Flavinha e Pablo
novamente. A minha tosse, infelizmente, não foi milagrosamente
curada. Mas eu me senti muito melhor mesmo, por poder compartilhar
esses momentos incríveis com a(os) melhor(es) companheira(os) do
mundo.
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