Por Matheus Almeida
Umas épocas atrás, quando tive que crescer e comecei a esquecer certas coisas para poder aprender outras, a vida me deu um papel enorme, me mandou recortar em pedaços e criar cartas de um baralho. Fiz vários naipes, de várias cores, com muitos desenhos diferentes. Cada carta me dava um superpoder: umas me permitiam atacar, outras me defender, umas eram mágicas e faziam com que me tornasse um gigante ou até mesmo ficasse invisível. E eu conhecia cada uma dessas cartas a fundo, porque as criei com coisas de dentro de mim.
Umas épocas atrás, quando tive que crescer e comecei a esquecer certas coisas para poder aprender outras, a vida me deu um papel enorme, me mandou recortar em pedaços e criar cartas de um baralho. Fiz vários naipes, de várias cores, com muitos desenhos diferentes. Cada carta me dava um superpoder: umas me permitiam atacar, outras me defender, umas eram mágicas e faziam com que me tornasse um gigante ou até mesmo ficasse invisível. E eu conhecia cada uma dessas cartas a fundo, porque as criei com coisas de dentro de mim.
No dia anterior de oficina, precisei jogar cartas com outra pessoa, e percebi que EU conhecia muito bem aquele baralho, mas a outra pessoa ficava perdida, porque não conhecia as cartas como eu, que as tinha criado. Por ter levado sempre esse baralho no bolso, tenho que aprender todos os dias que devo levar para a outra pessoa não o meu baralho, mas um novo papel em branco, tesoura e pincéis de várias cores para criarmos as nossas próprias cartas, permitindo um infinito de novas possibilidades que um possa apresentar ao outro, um baralho que nos permita jogar um jogo único e nosso.
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