E quando o medo se encontra com o medo, o que é que dá?
Maricota tinha um segredo, mas só iria revelar a Anita quando houvesse segurança.
O que Maricota não sabia é que Anita também tinha algo guardado.
- Anita, antes de tudo, eu preciso dizer uma coisa. Você sabe, honestidade...
- Maricota...desculpa! Pensei que eu ia conseguir disfarçar o meu...
Olhares abertos. Corações se conhecendo.
- Disfarçar? Não, Anita, sou eu que estou com...
- Medo.
Econtro.
E quando o medo se encontra com o medo, o que é que dá?
Faça-se. Foram...
"Que meninas tão enxiridinhas!" Falou a dançarina de asfalto mais famosa e requebrante de todos os tempos da história do PROCAPE. Quem a apresentou? Uma caça talentos (danada!) que promoveu, inclusive, uma palinha do grande cantor das multidões que em breve relançará seu grande sucesso: sou um touro quizumbento. Seguiram...
Porta abre: dor. Porta fecha: só sente isso quem é forte o bastante. Porta abre: roubaram o brilho de Anita. Porta fecha: brilho é bom compartilhado. Segue corredor. "Venham, venham, doação de banha e peito!" (Segredo: peito pra Anita. Maricota já tem o suficiente, por isso que ela não encalha! Já Anita... Tadinha! E se conseguir um namorado tem que ser dois porque um já serviu de moeda de troca.) Porta abre: tão doando gordura aqui é? Porta fecha: haja banha, viu?
Segue corredor.
Caça talentos (sim, a danada!) aponta: vão ali, oh, naquele corredor... Seguem Anita e Maricota, inocentes, quando...
"
Portas se abrem: todas!
(Um fantasma de lençol aterroriza todo um setor.
A culpa não foi do Palhaço, não, não senhor! )
Nenhuma mais se fecha: risos obstruem as trancas.
E quando o medo se encontra com o medo, o que é que dá?
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