Entrelaçados

Entrelaçados

Diário de Bordo

Por Yally Pessôa


Sem nariz, sem maquiagem, sem pele, sem lenço, sem documento. Nos bolsos e nas mãos só carregava uma mistura de saudade e ansiedade.
Depois de quase um ano de projeção, cá estou eu em mais um aquecimento, bem diferente daqueles do início de tudo, da descoberta. Dessa vez sem música, sem forçar, sem muitas palavras... tudo muito natural, muito leve, muita risada, muito brilho no olhar e assim, naturalmente, quando se vê, já se está pronto, alerta, com o nariz no rosto só como símbolo mesmo.
Percorrer corredores, enfrentar recepções, entender os nãos e explorar os sins. Parece simples, parece só repetição, mas é tudo novo de novo. É o de sempre só que novo. É o novo só que de sempre.
Família será sempre família, independente da caixa que se veio. Inclusive daquela com três furos que carregava um carneiro. Saudade tem cheiro, forma e cor e estará sempre guardada numa caixinha, esperando ser reaberta. Porque quem conhece a gaita já sabe quem tá chegando.
PS: um obrigada bem especial a T2 e Thatozzy (minha afilhada querida), pela paciência, condução, permissão e pelas melhores risadas

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