Entrelaçados

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Diário de Bordo

Por Renato Lucena em 01/12/14

E nunca foi um grande sonho meu estar aqui escrevendo isso, mas se mostrou ser um sonho a cada dia que eu passava ao lado de vocês. Ainda há um mês em curso para que o ano acabe, mas o dia de hoje marca o final de um ciclo, o mais belo primeiro ciclo que eu poderia sequer imaginar para mim. Subir a minha máscara, levantar o meu nariz, brilhar cada vez mais o meu olhar se mostrou um desafio maior do que eu pensava a cada atuação que se passava e eu, um palhaço recém formado sem a menor experiência estava munido apenas pelo desejo de ser verdadeiro. Eis que me surge o segundo artificio para seguir em frente nesse caminho. O segundo apenas não, a segunda, a terceira, a quarta e até mesmo uma quinta, minhas companheiras. Cada uma delas dando o melhor de si para que houvesse o melhor de mim. Cada uma delas me marcando com seus olhares brilhantes e jeitinhos singulares. Ao lado delas, vi Petrúcio tornar-se cada vez mais Dentuço e maduro, ao lado delas eu aprendi o real significado do dogma "Meu companheiro é o melhor companheiro do mundo" fosse com Nina e sua quietude, Julieta com sua risada e bochechas marcadas por chineladas, Katiusca se mostrando um pequeno tornado a cada porta aberta e até com Doralina e sua incrível disponibilidade. Posso dizer com toda a segurança do mundo que não sou capaz de agradecer a vocês, não na proporcionalidade do quanto cada uma de vocês me fez bem. Saibam que de hoje em diante eu não serei capaz de olhar para um céu azul sem me lembrar do casaco de Julieta, para um sol brilhante sem me lembrar dos cabelos de Doralina, para a altura e o verde das árvores sem me lembrar de Nina, muito menos serei capaz de olhar para o sorriso de uma criança sem vir a memória as travessuras de Katiusca. 
À vocês, minhas companheiras, novamente, muito obrigado.

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