Entrelaçados

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Uma trilha pela metade

Por Renato Lucena em 24/11/14

Uma trilha a ser percorrida com meus companheiros, com aquela minha nova companheira que brilhava o olhar e enchia minha jarra. Tivemos encontros de todos os tipos, encontros de todas aa maneiras, encontros que nos faziam encher o coração de tanto amor, encontros quenos faziam ficar entorpecidos pelo olhar, encontros que nos levaram a abraçar, encontros que nos levaram a ajudar. Ajudar? Sim, ajudar. Quando dei por mim, Petrúcio, essa parte dentuça de mim, foi requisitado "Em quer ir para a mesa no fim do corredor, vem me ajudar" falou aquele senhor se referindo a sua própria mãe. Tal mãe que havia se lembrado de mim, uma mãe que havia pedido por abraço e carinho, uma mãe que em meio a atuação encheu minha jarra de tal maneira que cheguei a transbordar pelos olhos. Então, como negar ajuda a essa mãe? Mesmo ela tendo um peso muito maior do que o meu, mesmo apresentando a mobilidade reduzida por um AVC, como negar ajuda a essa mãe? Passamos a ajuda-la a se locomover naquele corredor, passo a passo, cada um se mostrando mais árduo que o anterior, eis ai que minha preocupação com a segurança daquela Mãe, minha máscara corpo passou a cair e assim ficou cada vez mais pesado sustentar a minha mascara objeto. Eu sabia, não seria capaz de sustentar ambos, a Mãe e minha máscara ao mesmo tempo, então precisei fazer uma das minhas escolhas mais difíceis quanto clown, mas certamente uma das mais sensatas, me retirei por 10 segundos, fui no canto mais próximo, e abaixei o nariz, somente assim eu me senti capaz de poder dispensar roda a minha energia e disposição a ajudar alguém que precisava de mim. Agradeço sobretudo às minhas companheiras, elas que sempre se mostraram disponíveis a me ajudar e a me entender.Alice,AlineCecília,meu mais sincero muito obrigado, vocês foram essenciais para o dia de hoje.

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