Por Erianne Pereira em 18/09/14
Identificação:
senhora que não sei o nome, por volta de 70 anos, solteira, casada,
divorciada, viúva (já deve ter passado por tudo isso na vida),
vínculo empregatício na recepção do MaLu, mais especificamente
observando tudo, idioma dominante: baaaaaa leeeeeeei iêêêêêêês...
bastante fluente.
Ela não come. Se o seu quarto fosse
paaaaaraaaaa cáááááááááá, nós encontraríamos no caminho o
salão certo para dar um jeito no cabelo ruim de Paquilta;
aprenderíamos que a escada é pra descer e subir - nunca pule por
uma janela, você vai morrer! - e que fazer isso de mãos dadas é
uma ótima forma de encarar desafios - é a melhor forma,
ensinamentos de um garoto de 7 anos. Se o seu quarto realmente fosse
pra cá, acharíamos um papai Noel no meio do caminho... acharíamos,
na verdade, um saco vermelho e grande abandonado, pois o que o
velhinho menos precisa agora é de brinquedo, ele quer esse meu
coração na ponta do nariz pra mais mostrar que se esconder (esse
ele vai ficar querendo, sem cartinha de fim de ano que dê
jeito!).
Se o seu quarto fooooooosseee paaaaaaraa lááááááááá,
aí tudo mudaria... No caminho teria senhora que não fala, mas que
ri muito (altamente conveniente!); se encontraria a minha mãe,
Senhora PeithonS, porque haja peitões; se encontra quem te dê um
terço, quem te confunda, quem te chame de vaca, ou de biscoito
trakinas, de samurai, de boneca, ou apenas quem ria disso. Eu rio
disso, nós "rios" disso e continuamos sempre a nadar,
tentando encontrar.
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